Blog do curso de Relações Internacionais 2011 da Universidade Federal da Paraíba

sábado, 1 de outubro de 2011

Renault-Nissan diz a Dilma que planeja dobrar participação no Brasil

O presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, disse neste sábado (1º) que a empresa quer dobrar a sua participação no mercado brasileiro até 2016.
Ghosn se reuniu pela manhã com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília, antes do embarque da presidente para a Europa, onde ela participará da cúpula Brasil-União Europeia e visitará parentes na Bulgária.
A presidente Dilma Rousseff em encontro no Palácio do Planalto com o presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn (primeiro à esq.), o ministro Aloizio Mercadante e o governador do Rio, Sérgio Cabral (último à dir.) (Foto: André Dusek / Agência Estado)O executivo da Renault-Nissan foi ao Planalto para tratar de investimentos que a empresa vai fazer na ampliação de sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná, e na construção de uma nova planta, em Resende, no Rio de Janeiro.
De acordo com Ghosn, a aliança Renault-Nissan detém atualmente 6,5% do mercado automotivo brasileiro, percentual que está abaixo da sua participação no mundo (10%). O objetivo da empresa é superar 13% do mercado nacional até 2016, sendo 8% para a Renault.
Ele não quis adiantar o valor do investimento que será feito no Paraná e no Rio de Janeiro nem quantos empregos novos serão criados. Esses dados, segundo afirmou, serão divulgados em cerimônias na próxima semana.
IPIO anúncio dos novos investimentos da empresa ocorrerá pouco tempo depois da decisão do governo, anunciada em setembro, de aumentar em 30 pontos percentuais a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos importados e dos que não têm 65% das peças produzidas no Brasil ou no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai).
Segundo Ghosn, a decisão do governo é um incentivo para que as montadoras invistam no país.
O presidente da Renault/Nissan disse que considera “totalmente razoável” a exigência feita pelo governo brasileiro de ao menos 65% de conteúdo nacional nos carros para conseguir incentivos. Segundo ele, em países como a China, essa obrigação chega a 90%.
Ghosn comentou ainda o preço dos carros vendidos no Brasil, considerado alto. Para ele, contribuem hoje para o custo alto dos veículos a carga de impostos sobre o produto e também o preço cobrado pelos fornecedores de autopeças.
“"Precisamos de mais concorrência entre os fornecedores para permitir que os preços diminuam”", afirmou.

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