Blog do curso de Relações Internacionais 2011 da Universidade Federal da Paraíba

terça-feira, 27 de setembro de 2011

borbulha, mas não ferve

.

A maré está baixa.

Não se engane marinheiro, ela continua lá.

Embaixo da pele,

na membrana dos ossos,

na maresia dos poros,

correndo nas águas calmas desse mar.

Encubada,

crônica,

ansiando o momento da agudeza,

a loucura só espera a hora da ressaca chegar.

Na proporção da euforia vem o tédio.

Quanto mais alto é o grito,

maior o vácuo que o sucede.

Vai e vem.

Em eco.

Em ondas.

Sem âncora

Pro meu barco ancorar.


Quem não entende o balanço das marés não sabe viver, marinheiro.

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