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A maré está baixa.
Não se engane marinheiro, ela continua lá.
Embaixo da pele,
na membrana dos ossos,
na maresia dos poros,
correndo nas águas calmas desse mar.
Encubada,
crônica,
ansiando o momento da agudeza,
a loucura só espera a hora da ressaca chegar.
Na proporção da euforia vem o tédio.
Quanto mais alto é o grito,
maior o vácuo que o sucede.
Vai e vem.
Em eco.
Em ondas.
Sem âncora
Pro meu barco ancorar.
Quem não entende o balanço das marés não sabe viver, marinheiro.
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