A experiência brasileira de consolidação do regime democrático também é fonte permanente de motivação para o país africano, segundo o embaixador de Angola no Brasil, Leovigildo da Costa e Silva.
O deputado Carlos Alberto Ferreira Pinto, que, como vice-presidente do Grupo Parlamentar da MPLA, liderava a comitiva, apontou a consolidação da estabilidade política e a paz social como prioridades de seu país neste começo de século. "Esses devem ser o sinônimo de nosso país, não a Angola conhecida apenas como exportadora de commodities minerais", enfatizou.
O MPLA é o partido majoritário de Angola, com 81% das cadeiras do parlamento.
Relações históricas com a África
Entre 1985 e 90, quando José Sarney presidiu o Brasil, o Itamaraty executou uma política junto ao continente africano que resultou na criação da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul e o Encontro de Chefes de Estado dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Por outro lado, o Brasil passou a se posicionar claramente sobre determinados temas. Solidarizou-se com os países agredidos pela África do Sul (à época sob o regime do apartheid); teve o papel de protagonista nos esforços pelo restabelecimento da paz e da ordem em Angola, com a criação de uma força de paz da ONU comandada pelo general de brigada brasileiro, Péricles Ferreira Gomes (o Brasil foi o país que contribuiu com o maior número de efetivos); e na questão da independência da Namíbia condenou o "governo provisório", instalado por Pretória, em Windhock.
O esforço do Brasil em dar solução aos conflitos que atingiam o continente africano foi reconhecido através do convite da Conferência de Coordenação e Desenvolvimento da África Austral para que o país se fizesse representar na sua reunião anual.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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