Blog do curso de Relações Internacionais 2011 da Universidade Federal da Paraíba

sábado, 7 de janeiro de 2012

Liga Árabe se reúne para discutir ajuda da ONU em missão na Síria

Ministros das Relações Exteriores árabes se encontrarão no domingo para discutir se devem pedir ou não à ONU uma ajuda à missão na Síria, que não encerrou uma repressão de dez meses de duração a protestos contra o regime do país.

A proposta do Qatar é convidar técnicos da ONU e especialistas em direitos humanos para ajudar supervisores árabes a avaliar se a Síria está honrando com a promessa de interromper a repressão, disseram fontes da Liga Árabe. Uma fonte afirmou que pode pedir para que o grupo da ONU na missão seja formado por árabes.

Os chanceleres, que levarão em consideração um relatório inicial dos supervisores, também discutirão medidas para permitir que a missão opere mais independentemente em relação às autoridades sírias, informaram fontes da Liga Árabe.

A violência continuou desde que os monitores começaram a trabalhar na Síria, no dia 26 de dezembro, com o relato de muitas mortes.
O primeiro-ministro do Qatar, xeique Hamad bin Jassim Thani, afirmou que a Síria não está implementando o acordo e que os supervisores não podiam ficar no país "perdendo tempo". O Exército sírio não se retirou das cidades e não houve fim da repressão e das mortes, disse.

Fontes na Liga Árabe disseram que ministros devem reafirmar o apoio aos supervisores, resistindo aos pedidos para encerrarem o que partidários pró-democracia da Síria chamam de uma missão sem propósito e que meramente dá mais tempo para o ditador Bashar Assad reprimir seus opositores.

A Síria afirmou que está ajudando os supervisores no que eles precisam. "O que estamos buscando é objetividade e profissionalismo", afirmou na semana passada o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdesi.
Ninguém deve "correr para dar veredictos" aos feitos da missão, afirmou o chefe da sala de monitoramento de operações na sede da Liga Árabe, Adnan Khudeir. Ele afirmou que a comissão que observa os supervisores tem total apoio da Liga.

A ONU afirmou que mais de 5.000 pessoas foram mortas na revolta contra Assad. O Exército da Síria Livre, uma oposição armada composta principalmente por desertores do Exército, juntou-se à revolta. O regime sírio afirma que "terroristas" mataram 2.000 membros das forças de segurança durante os conflitos.

A Liga Árabe deu aos supervisores um mês para avaliar se Assad seguiu sua promessa de encerrar a violência, retirando os militares das cidades sírias. Mais monitores com diferentes habilidades e experiência devem chegar à Síria na próxima semana, elevando o número para 150.

FONTE: REUTERS

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